CGNAT: o que é, como afeta a conexão e como evitar

Você já ouviu falar em CGNAT? Uma sigla que aparece nas reclamações de muitos usuários, principalmente àqueles que são adeptos dos jogos online. Isso porque, a CGNAT é algo que pode causar muitos problemas na conexão da internet.

Mas, o que seria isso e porque ela pode causar tantos transtornos? Bem, são essas perguntas que iremos responder nesse conteúdo, com o objetivo de ajudar você a tirar todas as suas dúvidas.

Entender como esse sistema funciona é algo complexo. Porém vamos procurar elucidá-lo da melhor maneira possível, além de falar sobre os benefícios e desvantagens do que era pra ser algo temporário e acabou virando uma solução para muitas organizações.

Ficou interessado? Então continue lendo este conteúdo e descubra mais sobre o assunto.

O que é CNAT?

CGNAT (Carrier Grade Network Address Translation) é um mediador que fica entre a sua rede de conexão e a internet, instalado a nível de um provedor de login.  Em outras palavras, funciona como uma solução NAT, só que a nível de fornecedor.

Acontece assim: fornecedores de acesso à internet ficam dividindo poucos endereços de IPv4 entre usuários diferentes.

Isso porque, tempos atrás, era comum existir 2 tipos de clientes. Um deles utilizavam o IP dinâmico que tinham acesso a um endereço de IP para seus aparelhos, toda vez que se conectasse. Outro, tinham os consumidores que usavam o IP fixo ou estático, em que o valor era mais alto e tinha sempre o mesmo endereço de IP, porém se quisessem, poderiam adquirir um serviço de internet.

O que torna os 2 tipos de clientes tão parecidos é que ambos possuem um endereço de IP único, dessa forma poderia identificar a conexão.

Porém, com o CGNAT, esse fornecedor de acesso à internet pode conceder o mesmo endereço de IP para mais de um usuário, na mesma hora. Ou seja, o mesmo endereço os leva a portas de entrada diferentes.

Como funciona

Para entender como funciona o CGNAT, é necessário voltar um pouco aos primeiros anos da internet, quando seus criadores colocaram instruções especificas que diziam que cada aparelho que fosse fazer parte da rede, teria que ter um único endereço. Por sua vez, este endereço viria a se chamar de “número” IP (Internet Protocol).

Por conta disso, foi estipulado que o padrão iria se chamar IPv4, que dava a possibilidade de combinar cerca de 4.3 bilhões de diferentes variáveis. Acontece que, algumas décadas atrás, isso parecia uma ótima solução e que iria poder satisfazer o crescimento global de endereços de IP.

Porém, com a febre e a “descoberta” da internet no mundo, obviamente não foi bem assim que aconteceu. Além de um crescimento exponencial de endereços IP, o mundo se deparou com a criação dos smartphones, que logo também iriam se conectar à rede. E assim, a forma com que a internet viria a se espalhar pelo mundo e o quanto iria ser necessário um número de IP para cada aparelho, também mudaram.

Portanto, tudo isso fez com que o número inicial de variáveis não fosse mais suficiente. Logo, surgiu uma espécie de crise do IPv4 que foi calculada há um tempo, e com isso surgiu o protocolo IPv6, que tinha o objetivo de ofertar um maior limite de endereços variados.

Ou seja, esse número seria aproximadamente 340 trilhões de variáveis e combinações de endereços distintos. No entanto, fazer essa migração de uma versão para a outra exigiu uns longos anos de trabalho, planejamento e testes.

Isso porque os aparelhos teriam que ser aperfeiçoados para que assim pudessem receber essa nova versão. Logo, foram feitas mudanças na estrutura, servidores, fornecedores e acesso. O trabalho foi longo e isso acabou atrasando essa migração. Então, a solução temporária foi criar o CGNAT.

Principais problemas do CGNAT

Segundo alguns especialistas, o que era pra ser uma solução, acaba por causar danos à sua conexão. Isso porque, ele vai atingir um quesito básico da rede que é a chamada conexão ponto a ponto. Em outras palavras, cada indivíduo tem um endereço próprio e único que pode ser reconhecido de forma fácil. Isso é algo que não ocorre com o NAT, quando o aplicam e isso faz com que eles utilizem o mesmo endereço IPv4.

Com a rede NAT muitos problemas podem surgir, problemas esses que atingem diferentes serviços que o cliente utiliza. Por exemplo, streamings, os serviços de P2P, jogos online entre outros.

Ou seja, adquirir essa solução, na verdade, atrapalhou o andamento da tecnologia. Visto que o protocolo não funciona com excelência, passando a ideia de solução para as empresas, que interpretam como uma forma de economizar dinheiro.

E assim, essas mesmas organizações seguem “empurrando” o IPv6, contentando-se com o NAT e mantendo o IPv4 funcionando por “aparelhos” – mesmo causando problemas à internet e para os usuários.

Existem benefícios?

Sim. Ainda que o plano ideal fosse somente uma emenda (e não uma solução de longo prazo), ainda é possível encontrar benefícios do CGNAT. Confira:

• Conexão transparente: o CGNAT fornece uma conexão limpa para os seus aparelhos. Isso porque ele possui alguns recursos como por exemplo: Endpoint Independent Mapping (EIM), Hairpinning, entre outros. Com tudo isso implementado pelo NATs comuns onde não oferecem nenhum tráfego inicial para o protocolo exterior ou protocolos internos, para que dessa forma possa trazer esse tráfego de volta;

• Técnicas de registro: com a possibilidade do IP particular, a localização não fica a mostra em relação à internet pública. Esses registros são pontos importantes do NAT e que precisam ser levados em consideração, visto que todos os aparelhos que se conectarem à essa rede podem produzir infinitas sessões. Logo, rastrear todas as sessões faz com que muitas mensagens de log se formem. Isso porque um único aparelho com NAT deve liberar muitas técnicas diferentes que podem ajudar a diminuir o log. Assim como o surgimento de portas, Zero-Logging e um registro compacto, entre outros;

• Controle de informações IP: o NAT oferece uma conexão mais transparente, existem alguns protocolos que pedem para que os considerem de forma especial;
• Quotas de usuários: esse é um outro ponto importante e que é capaz de ter um administrador para barrar quantas portas TCP ou UDP que serão utilizadas pelos usuários. Utiliza-se os botnets em caso de ataques de Negação Distribuída de Serviço (DDoS) que passam a usar uma enorme quantidade das conexões por aparelho. Ao final isso acaba deixando disponível rapidamente a porta que antes estava em uso. Mesmo que essa conexão não seja regular para todos os assinantes. O que pode ser um problema se pessoas de fora começarem a usar ou tentar se conectar.
• Grandes quantidades de conexão: ele não é só uma solução para os ISPs e operadoras, mas é também para as grandes empresas. Por esse motivo que LSN e CGNAT podem ser considerados siglas utilizadas com frequência.

Acontece que os aparelhos que usam desse sistema conseguem manipular maiores números de conexões. Além de promover uma elevada taxa para transferir a banda larga.

Solução para problemas com CGNAT

Procure saber se a sua operadora oferece uma solução para tal problema. É possível que essas operadoras disponham de um serviço como o VellozPro, ou até mesmo reconfigurem de forma correta o seu roteador – habilitando novas portas de conexão.

Redirecionar portas específicas

Existem 65.536 portas em uma rede, com 1.024 delas bloqueadas para uso. Ao redirecionar portas específicas, como fazemos com o VellozPro, o usuário aponta seu dispositivo para um determinado serviço de rede para uma porta especial.

Isto é, se o console (Playstation, Xbox, entre outros) do usuário tem o IP 192.168.1.101 em uma rede, por exemplo, ao redicionar as portas da sua conexão, ele consegue mais desempenho em seus jogos. Pois, comunica para seu roteador que as portas utilizadas por esta conexão deverão ser endereçadas sem barramento para o IP referente ao console ou dispositivo.

Isso porque, normalmente, essas portas são bloqueadas nos roteadores como medida de segurança. O que não quer dizer que redirecioná-las irá afetar sua segurança, mas criará entrada e saída irrestritas de dados, contornando até mesmo mecanismos de segurança do próprio roteador.

Além disso, para assegurar ainda mais a sua conexão, serviços como o VellozPro provém de um excelente firewall e ótimos softwares antivírus.

VellozPro: solução para os problemas da CGNAT

O VellozPro é um serviço que emprega a melhor tecnologia na sua rede de fibra ótica de ponta a ponta. Para isso, o usuário pode contar com:

QoS (Quality of Service): um conjunto de tecnologias utilizado em redes para garantir a capacidade da execução do tráfego em alta prioridade e de aplicativos com total confiabilidade dentro de uma rede limitada;

• Baixa latência: menos atraso no envio e transferência de solicitações de um ponto a outro;
• Maior taxa de upload: mais velocidade para a transmissão e envio de arquivos e dados;
• Rota exclusiva: a Velloznet tem presença no principal ponto de troca de tráfego do Brasil, o IX-BR, em São Paulo.
• Sem NAT: sua conexão sem tradução de CGNAT. Ou seja, você receberá IPv4 e IPv6 públicos dinâmicos diretamente no seu equipamento.
• Manipulação de portas TCP e UDP, liberadas e sem restrições para configuração de encaminhamento.

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